terça-feira, novembro 23, 2010

Nome de apoio

"O estudante Paulo Winícius "Maskote" do curso de História não está mais apoiando a chapa, visto que ele agora compõe a Comissão Eleitoral como indicação da antiga gestão Avançar na Luta "


Unidade pra Lutar!

quinta-feira, novembro 18, 2010

CONJUNTURA ESTADUAL

CONJUNTURA ESTADUAL

A sociedade goiana é marcada há século pela grande concentração de riquezas e uma larga quantidade de trabalhadores em péssimas condições de vida. Atualmente, esta contradição é alargada pelo Agronegócio. É esta forma de produção que vem solapando os trabalhadores e retirando direitos fundamentais em detrimentos das políticas destinadas exclusivamente para a manutenção do padrão econômico goiano. Ou seja, os piores salários de professores do pais, as parcas verbas destinadas para a educação, o desemprego nas cidades grandes e de médio porte, o transporte coletivo nas cidades precários, dentre outros fatores, vem sendo um reflexo desta concentração de riquezas. Para entender melhor esta dinâmica, é necessário entender como que a soja, enquanto ação econômica principal de nosso estado se manifesta.
A entrada da economia da soja em Goiás ocorre pelo sudoeste do estado, mais especificamente pelo município de Rio Verde. Já em 1975 foi criada a Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano – COMIGO – que se transformaria em uma das mais importantes empresas na produção e processamento da soja na região Centro Oeste.
Além da topografia, entre outros elementos, a estrutura fundiária do município favorecia a cultura de grão em grande escala. Analisando o Censo de 1996, é possível afirmar que 55% das propriedades ali localizadas possuíam mais de 100 ha, o que corresponde a 93% da área cultivada. Os estabelecimentos com mais de 1000 ha, aproximadamente 8% do total ocupam 47% da área. Metade dos agricultores da região possuíam propriedades com menos de 100 ha e ficaram excluídos da produção comercial de grãos.
Em 1998 um clima de euforia toma conta desta região, pois se inicia a implantação do Projeto Buriti, que marcava a transferência da fabrica Perdigão para o município de Rio Verde, cuja meta seria a terceirização da criação de aves e suínos que poderiam ser desenvolvidas pelos pequenos agricultores. Havia ainda a previsão de instalação de uma das unidades de derivados de tomates da empresa Cica.
Ao contraio do que foi amplamente divulgado, o sistema de integração da produção praticado em Rio Verde não proporcionou uma alternativa aos pequenos produtores que continuavam excluídos da economia em grande escala.
Se a economia da agroindústria não proporcionou a viabilização da pequena propriedade, esta dinâmica estabeleceu todo um padrão de integração e desenvolvimento regional, constituindo-se como principal componente para o novo padrão do sistema produtivo em Goiás.
O complexo grão – carnes incorpora o conceito de firmas dinâmicas e a constituição de um parque industrial agropecuário centrado nesses setores provoca inquestionáveis efeitos de encadeamento entre a base produtiva agropecuária e a industria de insumos, maquinas agrícolas e com os setores de armazenagem, beneficiando comercialização, transporte de matéria prima e alimentos dando formação a chamada cadeia produtivas.
As cadeias produtivas são formas de organização da produção resultantes da crescente divisão e interdependência de alguns agentes econômicos. Este fenômeno se origina a partir da desintegração vertical e da especialização técnica e social do trabalho. As cadeias produtivas são caracterizadas por um conjunto de atividades consecutivas pelos quais passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos utilizados, agrupando  agentes que atuam dentro de um mesmo setor, sendo que os blocos de cada cadeia seriam denominados de complexos industriais, caracterizadas pela efetivação da matriz e a definição de suas potencialidades através da desintegração vertical e da adoção de modernos métodos de gerenciamento (just in time; dowsizing etc.).
O conceito de “crescimento desequilibrado” provocado pela aglomeração espacial das empresas contribui decisivamente para existência das desigualdades regionais.
A capacidade de uma atividade econômica em desenvolver uma dada região, não se limita aos elementos já mencionados, mas agregados a estes se incluem os efeitos provocados pela demanda final de bens de consumo e de capitais em função da elevação da renda regional e de seus efeitos fiscais apontando para o aumento da capacidade arrecadativa do estado.
Neste sentido verifica-se que o crescimento econômico, não e condição única para o desenvolvimento, sendo necessários um crescente processo de autonomia decisória, capacidade de captação e reinvenção do excedente econômico, distribuição da riqueza e consciência e ação ambientalista, são condições fundamentais para o desenvolvimento regional. Neste sentido questionamos e denunciamos o suposto desenvolvimento apresentado recentemente pelo estado de Goiás.
Por mais dinâmico que seja o crescimento econômico, este não produz mecanicamente a distribuição de seus benefícios. A julgar pelas experiências históricas, o que ocorre é um financiamento público para a atividade privada que reflete significativamente nos índices de crescimento econômico (PIB), acompanhado com vertiginoso aumento das desigualdades sociais.
As estratégias utilizadas pelas empresas líderes do setor agroindustrial apontam uma intimidade com a agricultura familiar através de contratação formal ou não para realização de etapas do processo produtivo
Há.um novo padrão de relacionamento entre empresa e agricultura, com forte evidencias de que prevalecendo os interesses do grande capital haverá o aprofundamento das desigualdades intra e inter-regionais existentes no estado.
 Nesta perspectiva, o estado de Goiás se tornou um mosaico em termos produtivos e sociais. Convivem conjuntamente áreas de elevadíssima produtividade em simultaneidade com a exploração tradicional. Localidades com extraordinária concentração populacional e diversificados problemas sociais e ambientais coexistem com verdadeiros vazios demográficos.
Na UFG, a apropriação de pesquisas e da estrutura física e humana da Universidade proporciona novas pesquisas e laboratórios que atendem diretamente as grandes industrias da soja. A FUNAPE (Fundação de Apoio a Pesquisa da UFG) proporciona de forma clara o investimento nas pesquisas da agrárias, numa relação público-privada, “marginalizando” os demais cursos da Universidade, em especial as licenciaturas.

Neste sentido, nos posicionamos de forma clara e aberta como grupo de OPOSIÇÃO AO ATUAL MODELO DE DESENVOLVIMENTO CONSERVADOR ADOTADO EM NOSSO ESTADO. 
Apontamos a necessidade urgente da construção de um amplo leque de forças políticas que se antagoniza com o processo de modernização conservadora implementado, responsável pela brutal concentração de riqueza e da degradação social e ambiental, conseqüência direta da ação política econômica da burguesia agrária goiana em parceria com as transnacionais e institucionalizadas pelo atual grupo dirigente do aparato administrativo do estado e seus diversos parceiros em inúmeras prefeituras municipais.  

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA COMISSÃO ELEITORAL


Pessoal,


Recebemos essa notificação da Comissão Eleitoral e estamos divulgando a alteração da data das eleições.

Marcela Coimbra


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NOTA DE ESCLARECIMENTO
Eleições DCE – UFG
A comissão eleitoral, DCE – UFG 2010, vem por meio deste comunicar, a toda comunidade acadêmica da UFG, que haverá mudanças nos dias de votação devido a problemas logísticos. As urnas não chegaram em todos os prédios e as listas com os nomes dos alunos matriculados ainda não estavam disponíveis. Tais problemas levaram a redefinição das datas de votação do processo eleitoral.
Informamos ainda que continua aberta as inscrições para mesários com certificado de 7 horas por turno mais alimentação.
As novas datas para votação serão:
·        23 de novembro
·        24 de novembro
·        25 de novembro
Entrar em contato pelo telefone 85493602/81885239 (Jéssica) ou pelo email Jessica_gomes47@hotmail.com .
Jéssica Gomes
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quarta-feira, novembro 10, 2010

Integram esse coletivo de estudantes de luta, que defendem a Universidade Popular:

- Filipe "Gaúcho" (Educação Física)
- Weberson Alves (Educação Física)
- Marcela Coimbra (Letras)
- Bruno Gallo (Letras)
- Kamilla Rodrigues (Letras)
- Amanda Paula (Letras)
- Walkíria Rodrigues (Letras)
- Ana Rita (Letras)
- Thaíse Poeta (Letras)
- João Victor (História)
- Daniel Magrin (História)
- Lauanda Meirielli (C. Sociais)
- Lílian (Ciências Sociais)
- Ozziel Gonçalves "Ozzy" (Geografia)
- Lorena Ferreira (Arquitetura)
- Fernanda Lima (Biologia)
- Danilo da Chaga (Engenharia Florestal)
- Pedro Guilherme (Economia)
- Will Honorato (Agronomia)
- João Guilherme (Artes Visuais)
- Daniel Freitas (Artes Visuais)
- Fernanda Melo (Artes Visuais)
- Weluma (Publicidade)
- Carol Teixeira (Engenharia Química)
- Thiaguinho (Física)
- Nádia Alves (Direito/Goiás)
- Pauloa Dante (Direito/Goiás)
- Rodrigo Freitas (História/Catalão)
- Waldenir Prado (História/Jataí)
- Káthia Silene (Letras)

Venha militar conosco!!
Venha debater nossas propostas.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Nossas Propostas para a luta por uma Universidade Popular

Depois da primeira reunião da chapa (aconteceu no dia 06/11/2010, na Faculdade de Educação), adicionamos algumas propostas à nossa carta programa! Confiram:

 1.    Oposição de Esquerda ao Governo Federal
2.      Independência crítica em relação à Reitoria da UFG
3.      Fortalecimento das entidades de base (CA´s e DA´s)  e apoio à construção nos cursos que ainda não tem;
4.      Constituição dos Conselhos Populares junto com os Movimentos Sociais;
5.      Campanha pelo fim da taxa do vestibular para estudantes de escola pública;
6.      Organização, junto com os CA’s e DA’s do “Observatório do REUNI”;
7.      Cobrar dos governantes NOSSO PASSE LIVRE ESTUDANTIL;
8.      Apoio a construção de grêmios estudantis nas escolas públicas como forma de politização dos estudantes secundaristas;
9.      Constituir uma rede da Cultura Popular, que tenha como atividade fim, o I Encontro da Cultura Popular;
10.   Contra o produtivismo acadêmico;
11.   Contra a FUNAPE e qualquer organização mista na UFG;
12.   Verba pública só para Universidade pública.
13.   Apoio aos projetos de extensão popular.
14.   Crítica à exploração de recursos (humanos e materiais) da Universidade por parte de grandes grupos econômicos;
15.   Contra a substituição dos servidores da UFG por estagiários;
16.   Contra a precarização do trabalho discente via bolsa permanência;
17.   Construção junto com os estudantes do Festival da Cultura Corporal
18.   Assistência estudantil no interior
19.   Construção e participação no Encontro Nacional dos Estudantes de Letras, Encontro Nacional dos    Estudantes de Museologia, Reunião anual da SBPC, Encontro Regional dos Estudantes de Educação Física,     Encontro Regional dos Estudantes de História, etc.
20.    Por mais bolsas remunerada: PIBIC, PROLICEN, etc
21.   Realização do Congresso de Universidade Popular
22.   Construir espaços de debate sobre as Entidades Nacionais
23.   Realização mensal dos vídeos-debate no cine UFG
            

domingo, novembro 07, 2010

A Universidade que queremos: a Universidade Popular

    
Queremos uma universidade popular, que atenda aos interesses da maioria da população: os trabalhadores. Não nos interessa ter uma Universidade sem qualidade. Queremos que ela tenha qualidade e que supra as demandas da nossa sociedade. Queremos que o curso de geografia através de seus estudantes e professores interfira politicamente e tecnicamente no plano diretor dos municípios goianos; queremos um curso de agronomia, com suas pesquisas voltadas para a agricultura familiar; queremos que o curso de direito mantenha a turma de beneficiários da reforma agrária e amplie cada vez suas portar; a pedagogia, pra nós, deve manter o curso de pedagogia da terra, da mesma forma, a Letras mantenha o curso de licenciatura indígena e possa ampliar para as comunidades quilombolas e os jovens da periferia; a medicina tem que pensar as políticas públicas da saúde em nosso estado e no Brasil, para suprir os problemas do SUS... LUTAMOS POR UMA UNIVERSIDADE POPULAR, QUE ATENDA AOS TRABALHADORES, SENDO CONSTRUÍDA, GERIDA E UTILIZADA POR ELES.

 Para que possamos construir tudo aquilo que nós acreditamos, o DCE da UFG deve construir diálogos e espaços de ações unitárias que reúnam outras entidades estudantis, sindicatos de trabalhadores, associações de bairros, partidos políticos que entendam que o processo de mudança vem das ruas, das mãos dos estudantes e trabalhadores e dos Movimentos Sociais formando uma ampla frente de lutas capaz de organizar e aglutinar a Classe Trabalhadora num projeto contra hegemônico ao agronegócio, o empresariado do transporte e da especulação imobiliárias, as várias oligarquias locais em nosso estado, ao Governo de Goiás que privilegia os produtores de soja e todos aqueles que exploram os trabalhadores.
           

Outras reflexões acerca do movimento estudantil


O movimento estudantil é um movimento social legítimo que deve se empenhar na luta política em defesa dos interesses não só dos estudantes, mas do povo brasileiro. Deve se empenhar na luta por uma universidade pública, gratuita e de qualidade.
            O movimento estudantil constitui-se numa rica dinâmica de entidades de base como os Centros Acadêmicos (CA) e Diretórios Acadêmicos (DA). O Diretório Central dos Estudantes (DCE) é a entidade de representação dos estudantes dentro da universidade. No nosso entendimento, a legitimidade do movimento estudantil e de suas entidades representativas, consiste em colocar-se a serviço da luta incansável por uma sociedade mais justa e igualitária. Isso pressupõe uma sociedade livre de opressões e exploração dos trabalhadores.
            Para isso, é fundamental uma entidade nacional capaz de dar respostas aos ataques que historicamente o povo vem sofrendo em detrimento do acúmulo e manutenção do lucro de uma parcela pequena da sociedade. Uma entidade que tenha a cara dos estudantes e que incorpore os anseios da juventude, transformando-os em uma luta ininterrupta por uma sociedade justa, igualitária e livre.
            Durante muitos anos a União Nacional dos Estudantes (UNE) cumpriu um papel fundamental em organizar as lutas não só de estudantes, mas do povo brasileiro, como foi: “o petróleo é nosso”, a greve do 1/3 pela paridade em 1961, que durou 85 dias, a luta histórica contra a ditadura militar, a campanha pelas diretas já no “fora Collor”. Infelizmente essa trajetória de luta começa a se findar a partir da década de 90, com a burocratização e adaptação. Cada vez mais os congresso da UNE passam a depender da máquina do Estado, as carteirinhas se tornam uma verdadeira máfia que movimenta milhões.
            Patrocinada pelo governo a UNE se afasta das ruas e se aproxima dos gabinetes, assim a UNE traí a greve dos estudantes de 1998. Os congressos da UNE se tornam cada vez mais antidemocráticos. Em seus fóruns, a democracia e o debate político de idéias que reinava anteriormente é paulatinamente substituído pela fraude na eleição dos delegados, pelo esvaziamento do debate, pela violência física. O começo do Século XXI foi o marco do esfacelamento da UNE ao assumir o caminho do apoio irrestrito e vergonhoso à política neoliberal do governo Lula e do Banco Mundial, quando muitos estudantes lutaram contra o governo e os ataques da educação, mantendo acesas as chamas da tradição de luta do movimento estudantil brasileiro.
            O movimento estudantil de luta e combativo não morreu junto com a UNE, mas vem no cotidiano das lutas enterrando a UNE e reconstruindo as bandeiras em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade a serviço dos interesses dos brasileiros, na defesa de uma sociedade justa, igualitária e livre. 
            E na atual conjuntura de reformas do Estado, ataques à educação, que tem subordinado cada vez mais a educação aos interesses do mercado,  têm renovado e ampliando o papel de subserviência do Estado brasileiro ao capital internacional através dos organismos multilaterais (FMI, BM, BIRD, UNESCO, etc). É neste contexto de reformas e ataques do governo, e de esfacelamento da UNE tornando-se braço do governo, que surge a necessidade de reorganização do movimento estudantil e da construção de uma entidade nacional capaz de responder à altura às reformas e os ataques do governo.
            Nosso DCE, já no ano de 2004, rompeu com a UNE por compreender que a UNE não cumpria mais o papel de aglutinar e organizar as lutas do movimento estudantil e suas bandeiras. Desde então, temos nos organizados por fora da UNE. Mas hoje compreendemos a importância de discutirmos com o conjunto dos estudantes da UFG, uma alternativa de organização das lutas. Assim, nos dispomos a participar como observadores das alternativas que surgiram nesse período como a Assembléia Nacional de Estudantes – LIVRE (ANEL), Oposição de Esquerda da UNE, Fórum Nacional de Executivas (FENEX), fóruns de discussões unitários, como Seminário Nacional de Educação realizado em Uberlândia com a Esquerda da UNE e ANEL, por avaliarmos que são instrumentos importantes no processo de reorganização. Assim poderemos garantir que os estudantes da UFG debatam e decidam conosco as alternativas postas.

“A nossa história é feita de perdas e glórias, a nossa história não é contada na escola”

REUNI: expansão para quem?


            A Universidade é um espaço onde passamos determinado período de nossas vidas. Mas é um espaço que apenas 3% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos tem acesso. E o resto da juventude brasileira onde está? Os recursos do governo destinados ao ensino superior público e gratuito representam míseros 1% do PIB brasileiro. Onde está a prioridade da educação?
            Essas são algumas perguntas que escondem a verdadeira face do projeto de expansão das universidades Federais em curso desde 2007. As metas globais do REUNI são elevação da taxa de conclusão para 90%, e a razão professor aluno para 18/1. Traduzindo isso, ao final do programa as Universidades Federais terão praticamente dobrado o número de alunos, com uma redução proporcional do quadro de docentes e servidores. Além disso, a universidade tem passado por um processo de reestruturação curricular, que tem sido orientado pelas demandas de mercado, assim como, a produção científica cada vez mais sucumbi às demandas de mercado. A autonomia da produção científica frente ao Estado e as empresas é condição indispensável para uma universidade comprometida com o povo brasileiro e com a superação da barbárie social que recai sobre a maioria do povo brasileiro.
            As fundações de apoio sistematicamente vêm consolidando a privatização do ensino público e gratuito, tão caros ao povo brasileiro. E desgraçadamente, como apontam dados do próprio governo, o irrisório aumento de recursos para as universidades que acompanhou o crescimento econômico do país, representou um maior repasse de verba para as fundações nesses últimos anos.
            A autonomia universitária não pode ser entendida formalmente, como o direito de participar de programas do governo ou não, assediados por ínfimos recursos condicionados ao cumprimento de metas, como no caso do REUNI. Defendemos a autonomia universitária onde a universidade possa construir suas ações sociais, políticas, científicas, pedagógicas, culturais, etc. em conjunto com professores, servidores, alunos e a população. Mas para é isso é imprescindível que o governo respeite a Constituição Federal, e assuma seu compromisso com a Universidade brasileira pública, gratuita e de qualidade. 
            Nesse sentido, o que tem acontecido nos últimos 16 anos, com o advento do neoliberalismo no Brasil, nos governos de FHC e Lula é uma política avassaladora na contramão do projeto histórico de Universidade defendida pelo movimento estudantil brasileiro, pelo ANDES e movimentos sociais do campo e da cidade. A soberania nacional e a emancipação do povo brasileiro não serão garantidas atendendo os interesses do mercado, mas estarão garantidas quando estiverem vinculadas realmente aos interesses do povo brasileiro.
            É com esse espírito que resgatamos a frase supracitada de Paracelso. De fato, não passamos um minuto sem nada aprender. Mas o que temos aprendido na Universidade? A que interesses a produção do conhecimento tem servido em nossas Universidades? Queremos fazer um chamado a todos(as) os(as) estudantes que venham conosco responder essas questões, e construir nas lutas uma alternativa para nossas universidades, e resistir aos ataques que a educação vem sofrendo em nosso país, estado e universidade.

Viver não é durar... Viver é mais do que isso! É se enfrentar diariamente com os obstáculos e não esperar acontecer. É construir em cada pôr-do-sol a história da humanidade, onde os sujeitos históricos somos nós e a liberdade seja um princípio e não condição de poucos.
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!

E qual é o papel do Movimento Estudantil nessa conjuntura?


E qual é o papel do movimento estudantil nessa conjuntura?

            O movimento estudantil, como sendo um movimento social legítimo, deve se empenhar na luta política por um outro projeto de sociedade. Através de suas entidades representativas, como o Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFG), o estudante tem a possibilidade de se organizar e – para além das pautas específicas de seu curso ou da universidade – defender uma sociedade livre de opressões e exploração dos trabalhadores.
            Entendemos que é fundamental que as entidades estudantis sirvam como mediadoras da luta política, permitindo que o estuante atue dentro e fora da universidade, articulado aos seus pares e aos movimentos sociais. Por isso um DCE forte e combativo deve se posicionar claramente acerca de suas concepções, levantando bandeiras e compreendendo a sua real importância na transformação da realidade.
            É nosso papel cobrar dos reitores e diretores de unidades, melhores condições de ensino e de aprendizagem. Cobrar destes que a universidade cumpra sua função social e atenda também os filhos da classe trabalhadora. Cobrar uma política de assistência estudantil efetiva que garanta a permanência das classes populares na Universidade. Cobrar que a prioridade da pesquisa e da extensão seja a produção de conhecimento socialmente útil.
            É nosso papel cobrar dos nossos governantes eleitos, tanto em nível estadual quanto municipal, que honrem seus compromissos. Cobrar nas ruas o nosso passe livre-estudantil, a reforma política e agrária, o cumprimento do piso salarial dos professores da rede, cobrar melhorias para a saúde pública e mais investimentos em políticas culturais.
            Se o estudante fica parado, preso na redoma de sua sala de aula, irá se tornar expectador de sua própria história, um contemplador de sua realidade. Por acreditarmos que só a luta organizada é que mudará o cenário político e social brasileiro apresentamos a nossa chapa “Unidade pra lutar: por uma Universidade Popular”.

Conjuntura Nacional - Mais quatro anos de governo para os ricos. Mais quatro anos de repressão.


Durante o processo eleitoral, a mídia tentou nos enfiar “goela abaixo” uma dita polarização entre os candidatos a presidência e seus projetos políticos. Mas uma breve análise dos oito anos de governo Lula nos levará a concluir que as diferenças históricas entre o PSDB e o PT tornaram-se na atualidade demasiadamente amenas.
            Lula soube muito bem entrar no jogo do grande capital. Para “salvar” o Brasil da crise econômica, foram injetados milhões de reais em bancos privados e as grandes indústrias foram desoneradas de impostos. Essa manobra do governo, enquanto estimulava os crediários e a produção e consumo de bens duráveis (como carros e tv´s de plasma), jogava a inflação para o alto provocando aumento nos preços, sobretudo dos produtos da cesta básica do brasileiro. Com aplausos de grandes empresários e do FMI, o governo brasileiro praticou nos últimos anos taxas de juros exorbitantes, o que beneficiou especialmente os capitais especulativos internacionais.
            No governo de Lula, cresceram significativamente as exportações, em especial as de gêneros produzidos pelo Agronegócio. Cresceu juntamente também a produção de defensivos e insumos agrícolas. Enquanto isso, para a alegria de empresas como a Monsato, nenhum centavo a mais foi investido na agricultura familiar, a forma de cultivo que garante a produção da maior parte dos gêneros dos quais nos alimentamos. E a tão prometida Reforma Agrária continua no papel.
            No Governo do Partido dos Trabalhadores aumentou em quase 20% o número de brasileiros com mais de um bilhão de reais em ativos financeiros. No governo do Partido dos Trabalhadores aumentou significativamente o número de brasileiros com patrimônio acima de um milhão de reais.  E aos trabalhadores restaram os programas de caráter nitidamente assistencialista e eleitoreiro como  o “Bolsa miséria” e o “Minha casa minha vida”.
            Em síntese, o governo de Lula, tal qual o do seu antecessor Fernando Henrique, foi  planejado e direcionado para atender os interesses das elites econômicas do país. A diferença é que o ex-operário soube conjugar a política macroeconômica liberal com uma política social assistencialista centrada na luta contra a extrema pobreza. Assim, ao conseguir dar estabilidade econômica ao país e conseguir silenciar as classes populares e grande parte dos movimentos sociais, Lula passou a ser considerado por Wall Street um dos maiores presidentes da história brasileira.
            Dilma promete dar continuidade ao projeto de seu antecessor e criador, ou seja, faz publicamente o compromisso de continuar governando para os ricos.
            Em Goiás a situação apresenta-se ainda mais preocupante. Assistimos ao retorno de um governo que não só manterá os privilégios e o status quo das classes dominantes, como ainda tem o histórico de criminalizar a pobreza e os movimentos sociais. Marconi Perillo traz em sua caravana os grandes proprietários de terra do estado (como Ronaldo Caiado e todo o seu DEM), o rei da especulação imobiliária (Armando Vergílio), além de tudo o que restou das oligarquias mais conservadoras do estado. Marconi gastou milhões de reais em propaganda em seu governo, é investigado por receber propina de frigoríficos e por financiar equipe de automobilismo nos Estados Unidos com dinheiro público.