quarta-feira, março 23, 2011

NOTA DE REPÚDIO



A TV UFG, canal 14 UHF, sinal de democracia, vem de público, formalizar veemente repúdio à ação de policiais militares contra uma equipe de gravação da emissora na tarde da última sextafeira, 18 de março.
A equipe da emissora composta por jornalista, cinegrafista e auxiliar de cinegrafia, ao montar os equipamentos para iniciar uma gravação na Praça Cívica, foi interceptada por um policial militar que solicitou autorização para filmagem no local.
Além de insistir na autorização, o PM intimidou a repórter encaminhando a mesma para uma sala localizada dentro do Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Quando a jornalista chegou na sala percebeu que estava sozinha em meio a vários outros policiais. Dentro do recinto, o policial que abordou a equipe questionou a formação profissional da repórter e afirmou que a mesma ainda era estudante. Também perguntou o conteúdo da matéria que estava sendo produzida, dizendo que precisava saber se a matéria estava "falando mal do governo".
Mesmo explicando que era jornalista formada, contratada da TV UFG, que estava gravando em local público, com uma equipe e equipamentos identificados, a jornalista foi constrangida pelo policial militar. Ele insistiu em avisar que para a TV UFG registrar imagens na Praça Cívica, é necessário informar sobre o conteúdo da gravação aos policiais e ainda solicitar a referida - e Inconstitucional - autorização.
A TV UFG se indigna e lamenta o ocorrido, uma vez que a Constituição Federal Brasileira, em seu Artigo 220, estabelece que "A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição", e ainda, no segundo parágrafo deste mesmo Artigo, diz que "É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística".
Considerando que o local de gravação é uma praça pública, a sanção sofrida pela emissora parece tratar-se de uma forma de intimidação. Não é a primeira vez que a TV UFG produz matérias na Praça Cívica, no entanto é a primeira vez que é solicitada esta autorização que fere os princípios estabelecidos na Constituição. Mesmo com tudo isso, a emissora continuará cumprindo o seu papel de meio de informação, de TV pública.

quinta-feira, março 17, 2011



Marconi Perillo e a UFG: verdades que incomodam

“Apesar de você amanhã há de ser outro dia”


Mais uma eleição para governador e Marconi Perillo (PSDB) foi eleito para seu terceiro mandato. Porém, o candidato não ganhou em Goiânia e tão pouco teve grande aceitação dentro da Comunidade Universitária na UFG, como pôde se observar durante as eleições. Já começou mal ao se negar a participar do debate organizado por professores, técnicos e estudantes (DCE) durante as eleições de 2010.( Bem como Íris Rezende da coligação PMDB-PT-PC do B).
A rejeição da comunidade universitária a Marconi Perillo é de longa data. O tucano conseguiu a façanha de ser a única pessoa a ter contestada (arregimentando votos contrários e muito barulho) a entrega de Título Doutor Honoris Causa, proposta pela então reitora Milca Severino (futura Secretária de Educação do Governo Alcides Rodrigues).
Podemos nos perguntar (ironicamente), por que tamanho rancor e deselegância da Comunidade Universitária? Vejamos abaixo algumas das lembranças dos Governos de Marconi que podem fazer de tal Título o mais desonroso que a UFG já ofereceu:
·        Em 1999, durante as manifestações pelo transporte alternativo, a Polícia Militar efetuou a morte  de um perueiro dentro do Campus 2 da UFG
·        Em 2002 a polícia invadiu o Campus 2 da UFG e perseguiu estudantes para prender exemplares do livro “Dossiê K” de Jorge Kajuru , que a pedido do Governador na Justiça foi proibido de circular por fazer denúncias contra Marconi
·        No ano de 2005 , houve a Invasão truculenta da PM , seguida de mortes, no Parque Oeste Industrial, deixando milhares de pessoas sem moradia. Na época o secretário de segurança publica que autorizou a operação era o atual professor da Faculdade de Direito Jonathas Silva. Também faziam parte desse mesmo Governo os professores da UFG: Vilmar Rocha (Fac. de Direito) e Nasr Chaul ( Fac. de História), que nada disseram acerca de tal brutalidade. O que piora o episódio é o fato de Marconi ao pedir votos para seu candidato a prefeito em 2004 ter prometido aos moradores do local que não autorizaria a entrada da polícia, como podem ver no video : http://www.youtube.com/watch?v=UhNZf6OnWkc&feature=related e no blog do DCE
·        Em 2002 a UFG perdeu a concessão de TV do Canal 5 para a igreja Ministério Comunidade Cristã ( Atual Igreja Fonte da Vida) , devido à articulação dos senadores da base de Marconi , Senadores Lúcia Vânia e Demóstenes junto ao Governo FHC e o Congresso Nacional, atrasando em alguns anos a implementação da TV UFG.
·        Segundo o Jornal “O Popular” em seus dois primeiros Governos vários dos Policiais Militares presos na Operação da Polícia federal “Sexto mandamento” foram promovidos, por reconhecimento aos serviços prestados. Esses mesmos, acusados atualmente de matar inocentes e com denúncias de abuso de autoridade em suas fichas.
·        Marconi, é do PSDB, e foi da base de apoio de Fernando Henrique Cardoso, o presidente que operou um desmonte das IFES- Instituições Federais de Ensino, sem concursos públicos para professor, sem verbas e responsável pela extinção dos cargos de limpeza, de copeiro, cozinheiro e motorista nas IFES
·        Em seu governo nunca recebeu a reivindicação histórica dos estudantes  pelo Passe Livre estudantil, agora em 2010 a apresentou como proposta demagógica de campanha , ignorando que foi Governador por 8 anos e nada fez a respeito .
·        Na UEG - Universidade Estadual de Goiás nunca realizou concurso para técnicos –administrativos, deixou o investimento em pesquisa ao sabor das preferências do mundo empresarial e devido à falta de recursos e políticas direcionadas raramente a UEG teve condições para envolvimento em extensão. Para piorar, recentemente foi classificada como uma das piores Universidades do país, refletindo a falta de investimento dos últimos 12 anos de “Tempo Novo”.
Atualmente Marconi tenta implementar um “ Estado Mínimo” em Goiás, porém este é reduzido só para os trabalhadores, pois é máximo para a iniciativa privada. Marconi fala em privatizar a IQUEGO - Indústria Química de Goiás que tem potencial para produzir remédios para os que mais necessitam. Tudo indica que o compromisso de Marconi é com as grandes Indústrias Farmacêuticas que não tem interesse em uma indústria pública de remédios.
Para além da política do “ tapinha nas costas” não há como apagar a história de Marconi e seus aliados ( Muitos de dentro da UFG) com a Universidade Pública, com os estudantes dessa universidade e com os movimentos sociais .
Pergunte no seu curso, qual foi a posição do seu departamento na votação do Título de Doutor Honoris Causa a Marconi Perillo, qual o voto dos professores, técnicos e estudantes da época no Conselho Diretor e no Conselho Universitário.
O Movimento Estudantil, ao lado dos movimentos sociais do campo, da cidade, da extensão popular, todos unidos, estaremos de pé para lutar contra esses desmandos e sempre prontos para relembrar tais  verdades inconvenientes .

quarta-feira, março 09, 2011

Posse da nova Diretoria do DCE-UFG

Em cerimônia na Faculdade de Educação é empossada nova diretoria do DCE-UFG









A chapa “Unidade pra lutar – por uma universidade popular”, eleita para a nova gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), tomou posse na última quarta-feira, dia dois de março. A cerimônia foi realizada na Faculdade de Educação (FE), antecedendo debate da calourada Unificada 2011 sobre Educação Pública.

Estiveram presentes pela administração da UFG o Vice-Reitor professor Eriberto Beviláqua , o chefe de gabinete da reitoria Júlio Portes e o representante da PROCOM Prof. Valter . Pelos movimentos sociais estiveram presentes o SINT-IFES , o ANDES , o PCB, NAJUP , o Fórum Estadual de Defesa da Reforma Agrária , a INTERSINDICAL, o projeto de extensão Comunidade Faz Arte e vários Centros Acadêmicos como os de Pedagogia, Letras, História e Psicologia entre outros.

Várias organizações como a ADUFG , Cas e Das de Jataí, Catalão e Goiás enviaram saudações por escrito.

Representando chapa, que foi eleita com 2.520 votos, fizeram o uso da palavra os estudantes Pedro Guilherme de Economia, Pablo Salvador de Letras e Marcela Coimbra também do curso de Letras. Em todos discursos os estudantes deixaram claro o compromisso da nova gestão com uma Universidade Popular, voltada aos interesses dos trabalhadores e também conclamaram os estudantes a se envolverem nas lutas junto ao DCE.

Para mais informações, o contato da nova gestão é: dceufg@gmail.com